A CARQUEJA NO QUOTIDIANO DE VÁRZEA DE CALDE
Exposição Multidiscplinar
De Ana Margarida Ferreira, Liliana Silva e Luís Costa

Museu do Linho de Várzea de Calde (Viseu)
De 11 maio a 31 agosto 2025
Inauguração: 11 maio às 15h00

Uma exposição curada pela Binaural Nodar em articulação com o Município de Viseu (Viseu Cultura), com a Junta de Freguesia de Calde, com a Associação Cultural e Recreativa de Várzea de Calde, com o Grupo Etnográfico de Trajes e Cantares de Várzea de Calde, com o Instituto Politécnico de Viseu, com os centros de investigação ID+ e LiDA e com a rede europeia Tramontana, financiada pelo programa Europa Criativa.

Na sequência de um convite do grupo de trabalho Várzea de Calde – Aldeia de Portugal, a Binaural Nodar desenvolveu ao longo do mês de maio um trabalho de pesquisa de campo etnográfico e de desenvolvimento criativo relacionados com a carqueja em Várzea de Calde, cujos habitantes eram chamados de carquejeiros, pela profusão desta planta em redor da aldeia, a qual era recolhida e transportada para Viseu, para ser queimada nos fornos que coziam o pão em algumas padarias.

A carqueja é uma planta rasteira com grande resistência aos incêndios uma vez que depois de ardida a mesma regenera-se muito rapidamente. Esta planta tem um conhecido uso medicinal diurético e para as maleitas do estômago, sendo as flores a parte usada para as infusões, assim como tem outros usos diversificados como forragem para o gado e para produzir estrume natural, para construir vassouras, para estonar a pele dos suínos, como lenha para os fornos de cozer pão, para a produção de licor, de doçaria (bolos de carqueja e aletria) e como especiaria (arroz de carqueja).

A exposição consistirá em três instalações artísticas complementares: uma instalação fotográfica de Liliana Silva que documenta todos os usos da carqueja identificados na aldeia de Várzea de Calde, uma instalação visual de Ana Margarida Ferreira, que usa a própria carqueja e desenho como expressões da dimensão textural e cromática e da passagem do tempo e, finalmente uma instalação sonora e vídeo de Luís Costa, integrada na investigação do autor no contexto do Programa Doutoral em Criação Artística (centros de investigação ID+ e LiDA), a qual propõe a vinculação da carqueja com a ideia de comunidade (o monte como espaço comum) e da relação interterritorial (as plantas silvestres de montanha como características da paisagem ibérica).

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:

Autoria: Ana Margarida Ferreira, Liliana Silva e Luís Costa
Montagem: Ana Margarida Ferreira e Liliana Silva

A Binaural Nodar é uma entidade cultural apoiada pela República Portuguesa – Cultura | Direção-Geral das Artes.