Tocando a Paisagem Rural
Apresentação pública de obras artísticas sonoras desenvolvidas em contexto específico
com Yannick Guédon, Helena Espvall e Pierre Berthet.

Sábado, 2 de Maio | 16h00-1800 (seguido de lanche convívio)
Açores, freguesia de Sul, concelho de São Pedro do Sul
Coordenada Geográfica 40° 50’ 15.0″ N 8° 03’ 54.0” W

Apresentação integrada na Rede europeia SoCCoS (“Sounds of Culture, Culture of Sounds”), co-financiada pelo Programa Europa Criativa da Comissão Europeia (http://www.soccos.eu).

A Binaural/Nodar apresenta o resultado final de uma residência artística com três artistas sonoros/compositores europeus, Helena Espvall (Suécia), Pierre Berthet (Bélgica) e Yannick Guédon (França), os quais trabalharam nas últimas três semanas na pequena povoação de Açores (situada na encosta sul do monte de São Macário, na freguesia de Sul, concelho de São Pedro do Sul) sob o conceito genérico de “tocando a paisagem rural”, na sua dupla aceção, táctil e musical/sonora. A apresentação pública incluirá performances ao vivo de Helena Espvall (violoncelo) e Yannick Guédon (viola da gamba) e uma instalação sonora de Pierre Berthet, sendo concebida como uma janela expressiva que se abre e amplifica a relação com a paisagem rural da referida aldeia de Açores.

Biografias:

Helena Espvall (Suécia/EUA) é uma compositora e perfomer sueca atualmente a residir em Lisboa,  conhecida pela sua participação nas cenas psych-folk e de improvisação livre pós-milenar. Os seus principais instrumentos são o violoncelo, a guitarra e a voz. Mudou-se para Filadélfia no ano 2000, tendo-se dedicado numa primeira fase à improvisão livre (especialmente com violoncelo), para mais tarde se envolver ativamente no circuito de weird-folk da cidade, tendo feito parte dos grupos Espers e The Valerie Project e formado o duo Anahita com Tara Burke. A colaboração com Masaki Batoh (da banda japonesa psych Santo) produziu dois álbuns lançados pelo selo Drag City. O primeiro deles, “Helena Espvall & Masaki Batoh”, incluiu várias canções folk suecas e marcou a primeira grande aparição vocal da artista. Em 2010 lançou “Lapidary”, uma colaboração improvisada com Marcia Bassett, uma figura de destaque da cena noise/drone. Durante a sua estadia em Lisboa tem aprofundado diversas colaborações (David Maranha, etc.)

Pierre Berthet (Bélgica). Estudou percussão com André Van Belle e Georges-Elie Octors no Conservatoire Royal de Musique de Bruxelles (primeiro prémio em 1986) e no Conservatoire Royal de Musique de Liège (improvisação com Garrett List, composição com Frederic Rzewski e teoria musical com Henri Pousseur). Desenha e constrói objetos sonoros e instalações em espaços naturais e construídos (aço, plástico, água, campos magnéticos….) que apresenta em exposições e em performances a solo ou em duo, com Brigida Romano (CD “Continuum asorbus” na etiqueta Sub Rosa) ou Frédéric Le Junter (CD “Berther Le Junter” na etiqueta Vandœuvres). Tocou percurssão na Orchestra of Excited Strings de Arnold Dreyblatt e lançou até ao momento três CDs: “Un cadre de piano prolongé” (Sonoris), “Two continuum pieces” (Sub Rosa) e “Extended loudspeakers” (Sub Rosa).

Yannick Guédon (França/Bélgica) é um compositor, cantor e instrumentista nascido em França e actualmente a viver em Bruxelas. O seu trabalho concentra-se em pequenas variações de timbres, sensações de pulsação interna e noções subjetivas de tempo, silêncio e erro. O artista presta especial atenção ao lugar e ao contexto em que cada situação musical é exibida. Em 2006 escreveu sua primeira peça, “pitulatif“, para voz solo, seguida de “ticdê” (2007) um trio vocal, “infimie” (2007) para voz, eletroacústica, vídeo e luz, “soupir” (2009) e “pause” (2010), para clarinete, guitarra, percussão, violoncelo e voz. Em 2011 iniciou o ciclo de situações “a _ t e m p _ s” que gerou cinco composições entre 2011 e 2014 utilizando uma diversidade de instrumentos e dispositivos (viola da gamba, configurações eletroacústicas, pesquisa sonora sobre a ausência do artista, velas de aniversário, etc.). Tem colaborado recentemente com Radu Malfatti,  Deborah Walker, Eliane Radigue e Mattieu Delaunay.