Nodar Summer School 2012: Documentar e reinventar a memória de um território
Um curso téorico-prático em residência
16 a 22 de Julho de 2012  / 7 dias /  60 horas
Locais: Centro Social de Carvalhais | Aldeias do maciço da Gralheira, São Pedro do Sul

1. Orientadores
Orientação: Luís Costa (documentarista / educador sonoro e presidente da Binaural/Nodar),

com colaboração de:

Manuela Barile (perfomer vocal / artista vídeo e diretora artística da Binaural/Nodar),
Gianfranco Spitilli (Antropólogo e documentarista / Presidente da Bambun) e
Rui Costa (artista sonoro e diretor editorial da Binaural/Nodar)

2. Palavras-chave e destinatários
Palavras-chave: território, paisagem, comunidades, tradição cultural, documentação, património imaterial, antropologia visual e sonora, etnografia sonora, arte sonora, instalação multi-media, land art

3. Objetivos e programa do curso
Este é um tempo de redescoberta dos territórios, das suas paisagens e recursos patrimoniais, materiais e imateriais. É igualmente um tempo de produção e disseminação, muitas vezes caótica, de material audiovisual relacionado com territórios. No entanto, existem muitos equívocos à solta sobre o que pode significar documentar o real utilizando meios audiovisuais. Há pois que pensar com profundidade e paciência uma diversidade de aspetos cruciais: que áreas do conhecimento são úteis para a documentação dos territórios, que aspectos sensoriais podem ser relacionados, o que se pode e deve devolver às comunidades documentadas, como escapar às impressões imediatas e captar de forma inovadora os sentidos mais profundos e subtis do magma cultural de um território: os arcaísmos, as transformações, as contaminações, as representações sociais endógenas e exógenas?

Este curso intensivo de 7 dias propõe uma partilha crítica de muitas das metodologias e práticas do trabalho desenvolvido desde 2006 pela Binaural/Nodar no território de montanha do maciço da Gralheira, baseadas num contato direto e contínuo com comunidades rurais e numa dimensão exploratória em termos de conceitos, sentidos e media utilizados.

4. Programa

16 de julho
10h00 – O sentido do lugar: a filosofia e estética da paisagem. Discussão de autores e obras.
14h00 – História, etnografia, antropologia e arte como ferramentas para o trabalho multidisciplinar. Discussão de autores e obras.
16h00 – A ética das imagens e dos sons: uma análise crítica de obras visuais e sonoras.

17 de julho
10h00 – A ética das imagens e dos sons: uma análise crítica de obras visuais e sonoras (cont.)
14h00 – A autenticidade das comunidades: como entender e lidar com tais representações, mistificações e simplificações.
16h00- A abordagem multi-sensorial do território como forma de enriquecer a experiência
17h00 – Técnicas e aspectos práticos do trabalho de campo. Planeamento do trabalho de campo, o papel do tempo, mediação e envolvimento dos parceiros locais. Prática de trabalho de campo em várias aldeias.

18 de julho
10h00 – prática de trabalho de campo # 1
– Técnicas sonoras aplicadas ao conhecimento dos territórios: exercícios práticos de gravação sonora em paisagens, ambientes de trabalho, tradição oral e música, etc.
– Projeto coletivo: Discussão de possibilidades após as primeiras incursões na área

19 de julho
10h00: Prática de campo de trabalho # 2: Projeto sonoro colectivo
– Texto, documentação fotográfica e videográfica,  mapeamento digital de informações e formas de integração entre diferentes media.

20 de julho
10h00: – Prática de trabalho de campo # 3: projeto sonoro coletivo
14h00 – Texto, documentação fotográfica e videográfica, mapeamento digital de informações e formas de integração entre diferentes media.
– Projeto final de instalação multimédia e multi-sensorial.

21 de julho
10h00 – Projeto final de instalação multimédia e multi-sensorial.

22 de julho
10h00 – – Projeto final de instalação multimédia e multi-sensorial.
14h00 – Organização de documentação final e discussão de possibilidades futuras de disseminação.
17h00 – Apresentação pública de instalação multimédia e multi-sensorial
18h00 – Conversa com os habitantes locais do que foi documentado e criado