Um inquérito sonoro e visual à subjetividade do território. Há quase quarenta anos que imaginava como seria o lugar onde nasce o rio Paiva. O mesmo rio que passa na minha aldeia de Nodar, situada a 60 km da nascente. Transportando comigo as imagens da paisagem que conheço, por fim fui em busca das vozes da nascente. O mais reconfortante foi perceber que, o que se suponha ser um dado inquestionável – o rio nasce neste lugar exato – resultou num emaranhado de informações, tão denso quanto os fios de água que alimentam o rio na nascente

Luís Costa (1968). Presidente da Binaural/Nodar (São Pedro do Sul, Portugal). Curador, programador, organizador e documentarista sonoro e vídeo. Desde 2006 desenvolve projetos de documentação e educação sonora e vídeo nas montanhas dos maciços da Gralheira, Arada e Montemuro. Coordenador do Nodar Rural Art Lab, um, espaço de pesquisa artística multimédia na aldeia rural de Nodar, o qual acolheu já mais de uma centena de artistas e investigadores. Coordenador do Arquivo da Memória de Dão-Lafões e Paiva, um projeto de pesquisa, catalogação e mapeamento audiovisual da memória coletiva de territórios dos distritos de Viseu e Aveiro. Realizou o documentário sonoro/vídeo experimental “Onde nasce o meu Paiva?”, estreado em 2011 durante o Festival Paivascapes #1. Enquanto artista sonoro, publicou em 2011 na Edições Nodar, com o artista sonoro inglês Jez riley French, o CD “Sonata for Clarinet and Nodar”. Co-editou em 2011 o catálogo e CD duplo “Três Anos em Nodar – Práticas Artísticas em Contexto Específico no Portugal Rural”, publicou em 2012 o livro de ensaios e entrevistas “Viver um Mundo Antigo: Textos de Arte e Território (2012-2008) e co-editou já em 2014, o livro+DVD “Il Senso del Dolore: Due Opere di Manuela Barile”, publicado em conjunto pelas Edições Nodar e pela editora italiana La Parete della Caverna.